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Tanques com ácido e pesticidas submersos podem levar até 1 mês para serem retirados, alerta IBAMA

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Após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre Maranhão e Tocantins, a retirada dos tanques de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas que caíram no rio Tocantins poderá demorar de 15 a 30 dias. A operação, segundo o IBAMA, enfrenta desafios logísticos e ambientais, com risco de vazamento durante a remoção, embora não haja indícios de contaminação até o momento.

A tragédia, que ocorreu no último domingo (22), deixou oito mortos e nove desaparecidos. A prioridade, segundo as autoridades, é localizar as vítimas antes de iniciar a retirada dos tanques.

A retirada dos tanques submersos só começará após o encerramento das buscas pelos desaparecidos, explicou Marcelo Neiva de Amorim, coordenador do Centro Nacional de Emergência Ambiental do IBAMA:

“A prioridade agora é o resgate das vítimas. A retirada dos tanques só ocorrerá após essa fase, e as empresas responsáveis já foram notificadas.”

As transportadoras dos caminhões envolvidos serão encarregadas de elaborar um plano de retirada, que deve contar com empresas especializadas em operações subaquáticas e manuseio de cargas tóxicas.

Risco de contaminação é monitorado diariamente

A Agência Nacional de Águas (ANA) e a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão (Sema) estão realizando monitoramento contínuo para evitar contaminações. Segundo Alan Vaz Lopes, superintendente adjunto da ANA, ainda não há indícios de vazamento significativo.

“Se detectarmos qualquer alteração, o abastecimento de água nas cidades próximas será imediatamente interrompido.”

A cidade de Imperatriz (MA) chegou a suspender a captação de água do rio Tocantins como medida preventiva, mas o serviço foi retomado após parecer técnico que confirmou a ausência de substâncias tóxicas na água.

A Marinha divulgou imagens capturadas por mergulhadores que mostram os tanques intactos no fundo do rio. Segundo Caco Graça, supervisor de emergência ambiental da Sema:

“O pior cenário seria o rompimento imediato dos tanques, o que não ocorreu. Isso reduz significativamente o risco de uma contaminação em larga escala.”

Contudo, Graça alerta que, durante a operação de resgate, pequenas quantidades de ácido ou pesticida podem vazar.

O IBAMA e a ANA reforçam que o monitoramento continuará até a remoção completa dos tanques. Em caso de qualquer vazamento, o pH da água será imediatamente analisado, e medidas emergenciais serão adotadas para proteger a população e o ecossistema.

“Mesmo que haja vazamento durante a remoção, a diluição da carga no rio minimizaria o impacto em larga escala,” destacou Caco Graça.

A recomendação das autoridades é que a população confie nas avaliações oficiais e siga as instruções de segurança, enquanto as buscas por desaparecidos continuam.

Fonte: G1 Maranhão

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