Aluguel pode subir até 8,44% a partir de março; veja dicas para negociar contratos

Moradores e comerciantes de Palmas devem se preparar para um possível aumento no valor do aluguel a partir deste mês. Contratos com vencimento em março e correção pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) poderão sofrer reajuste de até 8,44%, segundo projeção da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O aumento, que reflete a alta generalizada de preços de produtos e serviços, preocupa quem já sente o peso do aluguel no orçamento mensal.

O advogado especialista em Direito Imobiliário, Miguel Muñoz, alerta que o primeiro passo é entender o que está estipulado no contrato de locação:

“Muitas vezes o locador redige cláusulas que o favorecem, inclusive na questão do reajuste. O locatário precisa conferir se a forma de aumento está prevista na legislação”, explica.

Ele destaca que o reajuste não pode estar atrelado ao salário mínimo, mas sim a índices específicos, como o IGP-M. Caso não haja consenso entre locador e locatário, a Justiça pode ser acionada. Nesse cenário, o juiz pode nomear um perito para avaliar a média de preços na região e determinar um valor justo de reajuste.

De acordo com João Paulo Tavares, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Tocantins (Ademi-TO), o aumento do aluguel acompanha a alta de serviços e insumos. “O índice IGP-M não mede só o aluguel, ele acompanha variações em vários setores, como combustíveis, matérias-primas e alimentos. Tudo isso influencia o valor final do aluguel”, explica.

Para quem deseja sair do aluguel, o presidente da Ademi-TO destaca que o momento pode ser propício para considerar a compra do imóvel. Segundo ele, os bancos estão financiando até 70% do valor total, restando entre 20% e 30% de entrada. “Quem consegue reunir esse valor para entrada tem no financiamento uma alternativa mais vantajosa do que continuar pagando aluguel”, conclui.