Palmas
Gesseiro é PRESO por ENGANO em Palmas e passa 18 dias atrás das grades: “Dormi numa pedra”

Segundo informações do portal g1 Tocantins, o gesseiro Ronaldo Alves Almeida viveu um pesadelo após ser preso por engano na capital Palmas. O trabalhador, que nunca sequer pisou no estado de São Paulo, foi detido sob a acusação de atraso no pagamento de pensão alimentícia em um processo que tramitava na justiça paulista.
A prisão aconteceu em fevereiro, enquanto Ronaldo buscava a esposa no trabalho. Ele foi abordado por policiais e teve a prisão decretada com base em um mandado expedido pela Justiça de São Paulo, que constava em um banco nacional de dados. No entanto, a Defensoria Pública do Tocantins conseguiu comprovar que o mandado era destinado a outro homem, que apenas compartilhava o mesmo nome.
Durante os 18 dias em que ficou detido, Ronaldo passou por situações extremamente degradantes. “Dormi numa pedra lá. Dormi não, passei a noite, que a gente não dorme né?”, relatou o gesseiro, que ainda revelou não ter qualquer relação com a família citada no processo.
A defensora pública Larissa Pultrini explicou que os dados como RG, CPF e nome da mãe eram diferentes, mas, por erro no preenchimento, o mandado acabou sendo direcionado ao morador de Palmas.
O caso chamou a atenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que está estudando formas de evitar esse tipo de situação. Entre as propostas está o uso de tecnologias como biometria e reconhecimento facial, já adotadas pela Justiça Eleitoral e em audiências de custódia.
O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que vai apurar se o erro partiu da unidade judicial ou do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
Ronaldo, que teve sua imagem exposta e precisou se explicar no trabalho, deve buscar na Justiça uma indenização pelos danos sofridos. “Tem que ter justiça sobre isso aí né? Não pode acontecer isso não”, desabafou.
O caso acende o alerta para a necessidade urgente de melhorias no sistema de identificação de mandados de prisão, para que nenhum inocente seja privado de sua liberdade por falhas burocráticas.
Fonte: G1 Tocantins